Steffen Saltofte, CEO da Zentiva, disse à TIME que, independentemente do que o futuro nos reserva, a Zentiva é um líder ativo no sector farmacêutico há 500 anos e continuará a sê-lo, pelo menos, nos próximos 500.

ZENTIVA - Medicamentos acessíveis
As receitas anuais da indústria farmacêutica checa representam 4% do PIB total do país, o que faz com que a sua contribuição para os cofres nacionais seja proporcionalmente mais elevada do que a de qualquer outro país europeu, com exceção da Polónia. É também um polo de atração crescente para o investimento estrangeiro.

A Zentiva é um excelente exemplo da capacidade do sector para atrair investimento direto estrangeiro e a empresa tornou-se uma espécie de embaixadora da indústria e do país. "Uma grande plataforma cheia de pessoas talentosas na qual podemos investir para construir um novo líder europeu independente em genéricos", foi assim que o investidor americano de private equity Advent International descreveu a Zentiva em 2018, depois de finalizar a aquisição da empresa por 2 mil milhões de dólares a outra multinacional, a francesa Sanofi.

Hoje sabemos como essa descrição se revelou correta. Desde que mudou de mãos, a Zentiva duplicou o seu  tamanho e agora opera em mais de 30 países. No final de 2022, a Zentiva concluiu a sua expansão para a Holanda e iniciou as operações na Áustria.

"Somos uma empresa sediada na Europa e é aí que concentraremos as nossas atividades num futuro previsível. Estamos aqui para proporcionar saúde e bem-estar a todas as gerações", afirma Steffen Saltofte, CEO da Zentiva, que foi nomeado para o cargo no ano passado e traz uma vasta experiência estratégica e operacional de uma longa carreira em várias grandes multinacionais e empresas de rápido crescimento. 

"Reagimos à COVID ao adquirir matérias-primas localmente e ao mudar as nossas instalações de produção para mais perto de casa. Esperamos agora reforçar a nossa presença na região, especialmente na Europa Central."  

A presença da Zentiva na Europa Central é inquestionável, uma vez que a empresa remonta o seu envolvimento na indústria farmacêutica ao século XV e à farmácia Black Eagle, que ainda se encontra aberta na Cidade Velha de Praga. No entanto, estas raízes são apenas uma das qualidades que atraíram a atenção da Advent International (e, antes disso, da Sanofi) e que Saltofte tenciona utilizar para fazer crescer a empresa. 

A principal força da Zentiva reside no seu empenho em fornecer medicamentos genéricos de elevada qualidade.

Com o seu portfólio, a empresa contribui para uma saúde pública sustentável na Europa. Estes medicamentos "não patenteados" oferecem os mesmos benefícios terapêuticos que os seus homólogos de marca, mas a um custo significativamente inferior. Isto traduz-se num maior acesso para os doentes que, de outra forma, teriam dificuldade em pagar os seus medicamentos. Ao concentrar-se num portfólio de medicamentos essenciais, a Zentiva ajuda a garantir que as pessoas recebem o tratamento de que necessitam, independentemente da sua situação financeira.
 
Embora uma grande parte do portfólio Zentiva esteja no sector não patenteado, o foco da equipa na investigação segue a tradição checa de procurar soluções inovadoras. As equipas dos seus centros de I&D em Praga e Ankleshwar (Índia) gerem ativamente o ciclo de vida dos seus produtos e trazem valor às pessoas que dependem dos medicamentos todos os dias. A Zentiva promove a inovação na formulação de medicamentos e submete medicamentos bioequivalentes às autoridades reguladoras europeias para análise e aprovação.

A empresa também oferece serviços de farmacovigilância e consultoria regulamentar aos seus parceiros através da Prague Scientific.

Desde 2022, os medicamentos de valor acrescentado tornaram-se o centro das atenções. Trata-se da próxima geração de medicamentos personalizados que ajudam a dar resposta a necessidades não satisfeitas dos doentes, passando de uma abordagem única para uma abordagem muito mais adaptada e específica do doente. Há dois anos, a Zentiva deu o seu primeiro passo público neste mundo com o lançamento do medicamento Dasatinib, que está registado no Reino Unido e na UE e é um tratamento contra o cancro que salva vidas em pessoas com leucemia mieloide crónica e leucemia linfoblástica aguda. No mesmo ano, a Zentiva lançou também 152 moléculas e combinações de tratamentos bem estabelecidos, todos concebidos para proporcionar a mais doentes o acesso a medicamentos de alta qualidade a preços acessíveis.
 
O sucesso da I&D é apenas metade da batalha, uma vez que a produção, a logística, o marketing e as vendas são igualmente importantes. "Levar um medicamento para o mercado pode demorar entre sete a dez anos e a I&D emprega cerca de 200 pessoas", explica Saltofte, "mas cerca de 2500 outras pessoas trabalham na nossa divisão de Supply Chain e a sua função é garantir que os medicamentos são produzidos e entregues. Por sua vez, são apoiados por uma rede de 1900 Key Account Managers e Sales Representatives que estão em contacto permanente com médicos, farmacêuticos e decisores de cuidados de saúde em cada um dos seus mercados. A lealdade e a dedicação que a Zentiva inspira em todas as áreas valeram-lhe os prémios Top Employer na Bulgária e na Roménia, bem como na República Checa.

A pandemia obrigou a Zentiva a encurtar a sua cadeia de abastecimento, mas também levou a empresa a acelerar o seu processo de digitalização.

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